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Cientistas criam enzima capaz de degradar plástico 6 vezes mais rápido

Uma nova enzima que decompõe garrafas plásticas rapidamente foi elaborada por pesquisadores ingleses e norte-americanos. Os resultados foram publicados na última segunda-feira (28).

Chamada de “super enzima”, ela é capaz de “quebrar” o plástico em temperatura ambiente – diferente da enzima apresentada pela empresa francesa Carbios que degrada garrafas plásticas em 10 horas mas requer aquecimento acima de 70°C. 

Os estudos têm como base a bactéria Ideonella sakaiensis, descoberta em 2016 no Japão, que é capaz de digerir o tereftalato de polietileno (PET), ou seja, material do qual são feitas garrafas de água e refrigerante.  publicidade

O aprimoramento da enzima começou em 2018 incidentalmente. Cientistas da Universidade de Portsmouth, na Inglaterra, e do Laboratório Nacional de Energia Renovável (NREL) do Departamento de Energia dos Estados Unidos, estudavam a enzima PETasa, que a bactéria Ideonella sakaiensis produzia, com o objetivo de determinar sua estrutura. No processo, acabaram realizando modificações que potencializou sua capacidade de degradação – versão acelerava o processo em 20%. 

Foto: iStock

A mais nova enzima “turbinada”, criada em laboratório, é resultado da ligação de duas enzimas da mesma bactéria. Ela pode degradar o plástico em apenas alguns dias – a taxa é seis vezes mais rápida do que a versão de 2018. 

Os estudos não param e o objetivo agora é descobrir se o processo pode ser ainda mais acelerado. Também está em pauta a possibilidade de combiná-la com enzimas degradantes do algodão para reciclar tecidos mistos – a reciclagem de fibras combinadas ainda é bastante complexa. 

John McGeehan, diretor do Centro de Inovação de Enzimas da Universidade de Portsmouth e líder do estudo, acredita que a cooperação entre pesquisadores e empresas pode ajudar a criar enzimas melhores e mais rápidas. A ideia é sair da academia e tornar o produto comercialmente viável. 

plastico PET
Foto: Mizianitka | Pixabay

“(PET) é incrivelmente resistente à degradação. Há uma necessidade urgente de reduzir a quantidade de plástico que acaba em aterros sanitários e no meio ambiente. Acho que se pudermos adotar essas tecnologias, teremos uma solução potencial no futuro para fazer isso”, afirma o professor McGeehan. 

Ao The Guardian, McGeehan estimou que, com parcerias, será possível fornecer as enzimas mutantes dentro de um ou dois anos.

Detalhes sobre a pesquisa da super enzima mutante da Universidade de Portsmouth e de quatro instituições americanas foram publicados em artigo na revista científica Proceedings of the National Academy of Sciences.

Por Ciclovivo

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