• SIGA O JUSCELINO NAS REDES

Carregadores de celular com uso de energia solar são alternativa para longas viagens na Amazônia

Estudantes de escolas públicas do Amapá apresentam, a partir desta segunda-feira (2), trabalhos científicos na 10ª Mostra de Ciência e Tecnologia da Escola Açaí (MTCEA), uma das maiores feiras da Amazônia, realizado no Pará. Entre os projetos, está um carregador de celular que usa energia solar para garantir a carga em longas viagens de ônibus e embarcações.

O projeto dos estudantes Théo Cesar Souza e Júlia Conrado de Lima usa a energia fotovoltaica adaptada aos veículos com objetivo de manter a comunicação permanente, especialmente da população de baixa renda, nos deslocamentos por estradas e rios da região.

Com as placas e um equipamento com conectores aos aparelhos celulares, a proposta será levada à MTCEA orientada pelo professor Aldeni Melo, que coordena outros seis projetos de escolas públicas. Théo, de 15 anos, conta que a ideia nasceu das próprias experiências em viagens para o interior.

“Já fiz algumas viagens intermunicipais, mas como a viagem é demorada, quando a gente chega nos locais às vezes não tem a bateria do telefone, não tem como comunicar ou avisar. O projeto tem o objetivo de proporcionar uma energia elétrica sem agredir o meio ambiente”, detalhou o estudante da escola Gabriel de Almeida Café, de Macapá.

Estudante apresenta protótipos de placas solares e dispositivo sendo conectado ao celular para carregamento — Foto: Fabiana Figueiredo/G1
Estudante apresenta protótipos de placas solares e dispositivo sendo conectado ao celular para carregamento — Foto: Fabiana Figueiredo/G1

Théo defende ainda que o projeto tem implantação de baixo custo e que a energia solar é o futuro da matriz energética do país, aliando eficiência e sustentabilidade.

“Uso as placas solares que faz a conversão para a bateria e carrega os celulares. O uso da energia fotovoltaica pode ser um dos líderes no Brasil e usando projeto que seja sustentável”, reiterou.

Para justificar a proposta, o estudante lembra que realizou pesquisa de campo nos terminais rodoviário e hidroviário de Macapá para identificar a percepção de viajantes sobre o projeto.

O orientador Aldeni Melo reforçou que a feira no Pará, pela proximidade, favorece a maior participação de estudantes amapaenses, em relação ao custeio financeiro. Ele defende ainda que a pesquisa científica deve ser incentivada nas séries iniciais na rede pública.

“Comecei a perceber que nossos alunos precisam e necessitam não ser plantas em apartamentos. Eles precisam crescer mais no que eles conseguem, eles têm potencial para isso. Essas pesquisas provocaram o alavancar da autonomia, o olhar diferenciado de se alfabetizar cientificamente”, reitera.

Professor Aldeni Melo com estudantes que vão ter projetos apresentados na feira — Foto: Fabiana Figueiredo/G1
Professor Aldeni Melo com estudantes que vão ter projetos apresentados na feira — Foto: Fabiana Figueiredo/G1

Outro projeto que será apresentado é o da estudante Ana Beatriz Benjamim de Oliveira, de 11 anos. Ela desenvolveu, a partir de materiais reciclados, uma ferramenta que facilita o aprendizado de matemática para crianças autistas.

Intitulada “Etnomatemática e a importância da ludicidade para o aluno com espectro autista”, a ideia consiste num jogo de perguntas e respostas onde o participante escolhe, resolve uma questão matemática de forma fácil tendo opções pré-definidas.

Para a responsável, o principal objetivo é levar o ensinamento de forma divertida, retirando uma carga de resolução usual nos métodos comuns de ensino.

Ana Beatriz Benjamim de Oliveira, de 11 anos, mostra invenção — Foto: Fabiana Figueiredo/G1
Ana Beatriz Benjamim de Oliveira, de 11 anos, mostra invenção — Foto: Fabiana Figueiredo/G1

A estrutura consta de um painel com lâmpadas de led e velcros onde são coladas as quatro opções. Quem recebe a pergunta, responde e marca a alternativa, se ela for correta a luz se acende.

“É um jeito de se estudar matemática e ela é uma forma divertida de aprender. Sempre tive vontade de ensinar matemática para crianças. Pesquisei a ideia e achei interessante”, disse Ana Beatriz.

Além dos dois, os outros projetos do Amapá apresentados na feira tratam de temas como reaproveitamento sustentável, agricultura e educação. São eles:

  • Tabela periódica para deficientes visuais;
  • Estufa pet para reaproveitamento de fezes e pelos de gatos e cachorros;
  • Horta inclusa itinerante;
  • Quiz ecológico sobre botânica como proposta de entender a matemática

Por G1 Amapá.

YOU MIGHT ALSO LIKE

0 Comentários

Deixe um comentário

Seu email não será publicado.

 

Inscreva-se

Receba as últimas notícias do Blog do Juscelino

Inscreva-se

Receba as últimas notícias do Blog do Juscelino